O sistema genital feminino consiste em órgãos sexuais internos e estruturas genitais externas.
Os órgãos genitais femininos internos são constituídos por: ovários, tubas uterinas, útero e vagina.
Eles estão contidos principalmente na cavidade pélvica e no períneo
A genitália externa inclui: monte do púbis, lábios maiores e menores do pudendo, clitóris, vestíbulo e abertura da vagina, hímen e óstio externo da uretra.
Os órgãos internos do sistema genital feminino sofrem alterações cíclicas regulares que refletem alterações nos níveis hormonais, durante cada ciclo menstrual, desde a puberdade até a menopausa.
Entre as principais funções do Aparelho reprodutor feminino, podemos listar:
1- Fornecimento de gametas (óvulos) para a concepção
2- Preparação do corpo para a gestação
3- Secreção de hormônios sexuais
4- Manutenção do ovócito fertilizado durante seu desenvolvimento completo ao longo das fases embrionária e fetal até o nascimento.
OVÁRIOS (100x)
Visão geral do ovário e fímbrias da tuba uterina.
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É possível visualizar a túnica albugínea, localizada abaixo do epitélio germinativo, composta por uma cápsula tecido conjuntivo denso modelado, que dá origem a septos, folículos em diferentes estágios de desenvolvimento, e a direita, as fímbrias da tuba uterina .
Folículo primordial
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Folículos primordiais – Constituídos por um ovócito I (primário) circundado por uma única camada de células foliculares, normalmente achatadas.
Folículo primário unilaminar
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Folículos primários unilaminares – Constituídos por um ovócito I e por uma única camada de células foliculares normalmente em formato cubico. Camada de células foliculares cúbicas (seta vermelha).
Folículo primário multilaminar
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Folículos primários multilaminares – Constituídos por um ovócito primário e camadas de células foliculares, que constituem a camada granulosa.
Entre a primeira camada de células da camada granulosa e a superfície do ovócito, observar a zona pelúcida (*) e, externamente à camada granulosa, a presença das tecas foliculares (interna e externa) originadas a partir do estroma ovariano.
Folículo secundário
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Folículo secundário (antral) – Apresenta líquido folicular em espaços intercelulares em meio às células foliculares da camada granulosa.
Esse folículo apresenta uma zona pelúcida bem desenvolvida, além das tecas interna e externa, e uma membrana basal aparente, separando as células foliculares (granulosa) da teca interna.
À medida que o folículo secundário aumenta de tamanho e sofre maturação adicional, a fina camada de células da granulosa, associada ao oócito, forma o cúmulo oóforo e a coroa radiada
Folículo atrésico
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Ao longo de um ciclo estral, os folículos que iniciam seu desenvolvimento, mas que não chegam à ovulação, entram em um processo de morte celular chamada de atresia. Os folículos atrésicos, portanto, correspondem a folículos em qualquer estágio (I, II ou III) em processo de degeneração
ÚTERO
O útero é dividido em corpo do útero (porção superior que contém o fundo do útero) e colo do útero (porção inferior que se projeta na vagina)
A parede uterina é composta de endométrio (mucosa de revestimento do útero), miométrio, composto de três camadas de tecido muscular liso, e perimétrio (camada serosa de peritônio visceral).
A camada muscular média do miométrio (*), denominada estrato vascular, contém numerosos vasos sanguíneos de grande calibre (plexos venosos) e vasos linfáticos.
O endométrio é revestido por epitélio simples colunar que se invagina na lâmina própria subjacente (estroma endometrial), formando as glândulas uterinas.
Consiste em um estrato basal (1) e um estrato funcional (2).
O Estrato basal (1), mais próximo ao miométrio, não sofre descamação durante a menstruação. As glândulas e outros componentes desta camada se proliferam e regeneram a camada funcional a cada ciclo menstrual.
O estrato funcional (2) sofre alterações cíclicas devido aos níveis flutuantes de estrogênio e progesterona, ao longo do ciclo menstrual.
O endométrio, ou mucosa de revestimento do útero, é composto de um epitélio simples cilíndrico, que consiste em células cilíndricas secretoras não ciliadas e células ciliadas, e uma lâmina própria que abriga glândulas tubulares ramificadas simples, que se estendem até o miométrio
ÚTERO - FASE PROLIFERATIVA
No fim da fase menstrual, o endométrio consiste em uma delgada faixa de tecido conjuntivo, de cerca de 1 mm de espessura, contendo apenas as porções basais das glândulas uterinas e as porções inferiores das artérias espiraladas. Essa camada constitui o estrato basal; a camada que foi descamada é o estrato funcional. Sob a influência dos estrogênios, a fase proliferativa é iniciada. Caracteriza-se pela reepitelização do revestimento do endométrio; pela reconstrução das glândulas, do tecido conjuntivo e das artérias espiraladas da lâmina própria; e pela renovação de toda a camada funcional.
Nesta fase, as glândulas apresentam lúmen estreito e são relativamente retas, embora exibam aparência ligeiramente ondulada. Observa-se a existência de acúmulos de glicogênio nas porções basais das células epiteliais. Nas preparações histológicas de rotina, a extração do glicogênio confere aparência vazia ao citoplasma basal.
ÚTERO - FASE SECRETORA
A fase secretora (ou fase lútea) começa depois da ovulação e é impelida pelo hormônio progesterona liberado pelas células granuloso-luteínicas do corpo lúteo e, em menor extensão, pelo estradiol produzido pelas células teca-luteínicas do corpo lúteo. Nesta fase, as glândulas tornam-se tortuosas/serrilhadas e têm seus lúmens preenchidos por secreção;
Durante essa fase, o endométrio continua a se espessar, como resultado de edema e das secreções ricas em glicogênio acumuladas nas glândulas endometriais, que se tornam altamente convolutas e ramificadas. Os produtos de secreção primeiro se acumulam na região basal do citoplasma das células que constituem as glândulas endometriais. À medida que mais secreção vai sendo produzida, os grânulos secretores se deslocam para a região apical e são liberados no lúmen da glândula. Esse material rico em glicogênio nutrirá o concepto antes da formação da placenta.
TUBA UTERINA
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As tubas uterinas são um par de estruturas bilaterais que conectam o útero com os ovários
Cada tuba uterina apresenta quatro segmentos: o infundíbulo (extremidade em formato de funil circundada por fímbrias, adjacente ao ovário), a ampola (local comum de fertilização), o istmo (segmento estreito adjacente ao útero) e a parte uterina ou intramural (que atravessa a parede do útero).
A parede da tuba uterina é composta de três camadas:
Serosa externa: Situada em torno da camada muscular, tendo revestimento externo de peritônio
Muscular espessa: Composta de 2 camadas de tecido muscular liso
Mucosa: consiste em epitélio simples colunar composto de dois tipos de células: células ciliadas e não ciliadas.
A mucosa apresenta pregas em quantidade diversa, conforme a região da tuba. As pregas são mais pronunciadas na ampola, onde se ramificam, e diminuem a medida que a tuba se aproxima do útero.
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