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Sistema Digestório 2 - Tubo Digestório e Fígado

Atualizado: 13 de dez. de 2023

HISTOLOGIA DO TUBO DIGESTÓRIO

O sistema digestório é formado pela cavidade oral e estruturas associadas, pelo tubo digestório, e pelas chamadas glândulas anexas do trato digestório (glândulas salivares,pâncreas, fígado (e a vesícula biliar)).

Sua principal função é obter as moléculas necessárias para a manutenção, o crescimento e as demais necessidades energéticas do organismo a partir dos alimentos ingeridos.

A estrutura do tubo digestório apresenta um plano geral, que é evidente desde o esôfago até o ânus, composto de quatro camadas principais:

• Mucosa

• Submucosa

• Muscular

• Serosa ou adventícia

Embora essas camadas sejam semelhantes ao longo de todo o trato digestório, elas exibem modificações e especializações regionais.


MUCOSA: Camada mais interna do tubo, revestida por epitélio, que está em contato direto com os alimentos.

É a camada que apresenta maior variação em sua estrutura ao longo do tubo. Isto se deve às variadas funções por ela desempenhadas.

O diagnóstico histológico das diferentes porções do tubo digestório é feito basicamente pela observação da mucosa.

A mucosa é constituída de três subcamadas:

1- Epitélio de revestimento, adjacente ao lúmen do órgão;

2 – Lâmina própria (tecido conjuntivo subjacente ao epitélio)

3 – Muscular da mucosa. A muscular da mucosa é o limite que separa a mucosa da camada submucosa.

SUBMUCOSA: Composta geralmente de tecido conjuntivo denso não modelado, que contém vasos sanguíneos, linfáticos, um plexo nervoso (Plexo submucoso ou de Meissner)e glândulas em algumas regiões (esôfago e duodeno).

MUSCULAR EXTERNA: A camada muscular é formada por duas subcamadas de tecido muscular liso na maior parte do tubo (camada circular interna, camada longitudinal externa), ou tecido muscular estriado esquelético em parte do esôfago e no canal anal.

Apresenta um plexo nervoso (plexo mioentérico ou de Auerbach) situado entre as camadas musculares.

A muscular externa desempenha a função de misturar e promover o fluxo do conteúdo luminal ao longo do sistema digestório por meio de sua ação peristáltica. Desse modo, à medida que os músculos circulares reduzem o diâmetro do lúmen, impedindo o movimento do conteúdo luminal em direção proximal (na direção da boca), os músculos longitudinais contraem de forma a empurrar o conteúdo luminal em direção distal (na direção do ânus).

SEROSA OU ADVENTÍCIA:

1- Serosa, um folheto visceral de peritônio, composto de delgada camada de tecido conjuntivo revestido por epitélio simples pavimentoso – mesotélio;

2 - Adventícia, tecido conjuntivo que se continua com o tecido conjuntivo que envolve órgãos vizinhos.

As regiões intraperitoneais do canal alimentar, ou seja, as que ficam suspensas pelo peritônio, têm uma serosa. Outras regiões do trato alimentar estão firmemente aderidas às estruturas circundantes por meio de fibras de tecido conjuntivo. Essas regiões têm uma adventícia.


PLEXO MIOENTÉRICO

Localizado entre as duas camadas musculares, há uma camada fina de tecido conjuntivo; no interior deste, está o plexo mioentérico, ou plexo de Auerbach (seta), que contém corpos celulares de neurônios parassimpáticos pós-ganglionares e neurônios do sistema nervoso entérico, bem como vasos sanguíneos e vasos linfáticos. A muscular externa desempenha a função de misturar e promover o fluxo do conteúdo luminal ao longo do sistema digestório por meio de sua ação peristáltica. Desse modo, à medida que os músculos circulares reduzem o diâmetro do lúmen, impedindo o movimento do conteúdo luminal em direção proximal (na direção da boca), os músculos longitudinais contraem de forma a empurrar o conteúdo luminal em direção distal (na direção do ânus).


ESÔFAGO 40x

O esôfago é um tubo muscular, cuja mucosa é composta de epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (Ep), uma lâmina própria formada por um tecido conjuntivo frouxo contendo glândulas esofágicas cárdicas que produzem muco (LP).

Apresenta fibras musculares lisas orientadas longitudinalmente na muscular da mucosa.

A submucosa (SM) é composta de tecido conjuntivo denso não modelado entremeado por fibras elásticas, e apresenta glândulas.

Essas glândulas são conhecidas como glândulas esofágicas propriamente ditas e produzem muco.

A muscular externa (ME) do esôfago é composta de camadas circular interna e longitudinal externa.

A muscular do terço proximal (superior) é composta de músculo esquelético (imagem), a do terço médio contém músculos esquelético e liso e a do terço distal (inferior) tem apenas músculo liso.

É revestido externamente por uma adventícia (Ad) de tecido conjuntivo frouxo, até atravessar o diafragma, quando, então, passa a ser recoberto por uma serosa.

O esôfago tem a função de transportar o bolo alimentar da faringe ao estômago.


ESÔFAGO 400 x

Glândulas esofágicas propriamente ditas.

Na imagem observa-se glândulas esofágicas propriamente ditas e um dos ductos (seta) que encaminha suas secreções para o lúmen esofágico.

Micrografias eletrônicas dessas glândulas tubuloacinosas indicam que suas unidades secretoras são compostas de células mucosas e células serosas.

As células mucosas têm núcleos achatados localizados na região basal e acúmulos apicais de grânulos secretores cheios de mucinogênio.

As células serosas apresentam núcleos redondos centralmente localizados e numerosos grânulos de secreção citoplasmáticos que abrigam a proenzima pepsinogênio e o agente antibacteriano lisozima. O muco produzido pelas glândulas esofágicas é ligeiramente ácido e serve para lubrificar a parede luminal.


ESTÔMAGO

A transição entre a mucosa do esôfago e do estômago é abrupta, caracterizada pela substituição do epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado do esôfago pelo epitélio colunar simples do estômago.

O estômago é a porção mais larga do tubo digestório, recebe o bolo alimentar vindo do esôfago, onde o movimenta e mistura às secreções gástricas, até se tornar um fluido viscoso conhecido como quimo. 

Histologicamente, o estômago é dividido em 3 regiões: cárdia, fundo, e região pilórica. Como o fundo e o corpo são, histologicamente, idênticos, os dois juntos são chamados de região fúndica.

A mucosa do estômago vazio mostra dobras longitudinais conhecidas como rugas ou pregas.

A superfície luminal revestida por epitélio simples colunar (células de revestimento de superfície) apresentam fovéolas (fossetas gástricas), cuja base é perfurada por várias glândulas gástricas da lâmina própria.

A mucosa pilórica, apresenta fossetas longas, secretam muco e contém células enteroendócrinas, do Sistema Neuroendócrino Difuso (DNES).

O piloro termina em um forte esfíncter muscular que circunda a junção gastroduodenal.

De modo geral, as glândulas gástricas se estendem das fossetas, fovéolas ou criptas gástricas (invaginações do epitélio de revestimento para dentro da lâmina própria) até a muscular da mucosa. Localizam-se na mucosa, de maneira geral, não ocupando a submucosa. 

A lâmina própria do estômago é constituída por tecido conjuntivo frouxo, algumas fibras musculares lisas provenientes da muscular da mucosa, e infiltrados de células linfóides (GALT).

A submucosa é constituída por tecido conjuntivo fibroelástico e contém muitos vasos sangüíneos e linfáticos.

A muscular externa possui as túnicas circular interna e longitudinal externa, mas a túnica circular interna é reforçada por uma túnica oblíqua.

A camada serosa é delgada e está constituída por mesotélio.

As glândulas fúndicas constituem a maior parte da mucosa do estomago, e contém visíveis ao M.O. principalmente, células de três tipos:

Células secretoras de muco – Presentes na superfície do epitélio e no colo das glândulas. Secretam o muco viscoso e solúvel, respectivamente.

Células secretoras de ácido clorídrico (HCl) e fator intrínseco – Denominadas células parietais ou oxínticas, são distribuídas ao longo da extensão da glândula, entre as outras células; são menos numerosas na base das glândulas. São grandes, arredondadas, possuem citoplasma acidófilo (eosinofílico) e núcleo central.

Células secretoras de pepsinogênio – Denominadas células principais ou zimogênicas. Localizadas na base das glândulas gástricas. Possuem citoplasma basófilo (grande quantidade de ribossomos) e núcleos esféricos. 


ESÔFAGO/ESTÔMAGO – JUNÇÃO GASTROESOFÁGICA (H.E)

Transição abrupta entre o epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado do esôfago (A) para o epitélio prismático simples do estômago (B).

Na região cárdica, logo após a transição, observa-se as glândulas tubulosas, presentes na mucosa gástrica.

Observa-se na imagem as camadas mucosa e submucosa do esôfago (A) e do estômago (B)








ESTÔMAGO (H.E)

A mucosa do estomago é constituída por um epitélio cilíndrico simples, que se invagina em direção a lamina própria formando fossetas, fovéolas ou criptas gástricas. As fovéolas são mais curtas na região da cárdia, mais profundas no piloro.




ESTÔMAGO (cárdia)  (H.E) 

Observa-se na imagem as quatro camadas que constituem a parede do estômago, em pequeno aumento.

A mucosa (1) apresenta fossetas, fovéolas ou criptas gástricas (invaginações do epitélio de revestimento para dentro da lâmina própria). A muscular da mucosa (*) marca o limite entre a camada mucosa e submucosa

A submucosa (2) é constituída por tecido conjuntivo fibroelástico e contém muitos vasos sangüíneos e linfáticos.

A muscular externa (3) possui as túnicas circular interna e longitudinal externa, mas a túnica circular interna é reforçada por uma túnica oblíqua interna.

A camada serosa (4) é delgada e está constituída por mesotélio.





ESTÔMAGO (cárdia)  100 x (H.E) 

A mucosa cárdica é uma pequena área com fossetas gástricas mais rasas que secretam predominantemente muco, e que circunda a entrada do estômago.

A base de suas glândulas é muito convoluta.

A população celular das glândulas cárdicas é composta principalmente de células do revestimento superficial, algumas células mucosas do colo, algumas células SNED e células parietais.








ESTÔMAGO (fundo)  (H.E) 

Observa-se na imagem a mucosa gástrica na região fúndica.

A região fúndica apresenta fossetas gástricas (seta) e numerosas glândulas gástricas tubulosas ramificadas.

A mucosa é formada pelos três componentes usuais: epitélio cilíndrico simples (Ep) que reveste o lúmen; lâmina própria; e músculo liso formando a muscular da mucosa (MM).

Observa-se numerosas gandulas gástricas que invaginam-se para a lamina própria.

Nesta imagem, observa-se um infiltrado de células linfóides na mucosa (GALT) (*).




ESTÔMAGO (fundo) 400X (H.E) 

A mucosa fúndica constitui a maior parte do estômago e contém glândulas que secretam suco gástrico, compostas de seis tipos de células: células mucosas de revestimento superficial, células parietais (oxínticas), células regenerativas (tronco), células mucosas do colo, células principais (zimogênicas) e células SNED.

As células parietais, são grandes e de formato arredondado a piramidal, estão localizadas principalmente na metade superior das glândulas fúndicas e ocasionalmente na base. Essas células estão envolvidas na produção de HCl e fator intrínseco.





ESTÔMAGO (fundo)  1000X (H.E) 

A mucosa fúndica constitui a maior parte do estômago e contém glândulas que secretam suco gástrico, compostas de seis tipos de células: células mucosas de revestimento superficial, células parietais (oxínticas), células regenerativas (tronco), células mucosas do colo, células principais (zimogênicas) e células SNED.

As células principais ou zimogênicas (basófilas) são células cilíndricas que apresentam um citoplasma basofílico, núcleo basal, e encontram-se principalmente na base das glândulas. Produzem as enzimas pepsinogênio e lipase gástrica e as liberam no lúmen do estômago.





ESTÔMAGO (fundo)  1000X (H.E) 

A mucosa fúndica constitui a maior parte do estômago e contém glândulas que secretam suco gástrico, compostas de seis tipos de células: células mucosas de revestimento superficial, células parietais (oxínticas), células regenerativas (tronco), células mucosas do colo, células principais (zimogênicas) e células SNED.

As células principais ou zimogênicas (basófilas) são células cilíndricas que apresentam um citoplasma basofílico, núcleo basal, e encontram-se principalmente na base das glândulas (seta preta).

As células parietais, são grandes e de formato arredondado a piramidal, e citoplasma acidófilo (setas amarelas)





ESTÔMAGO (piloro) 100X (H.E)

As glândulas da região pilórica contêm os mesmos tipos celulares da região cárdica, mas o tipo de célula predominante no piloro é a célula mucosa do colo. Além de produzir muco solúvel, essas células secretam lisozima, uma enzima bactericida.

Apresenta fossetas gástricas mais profundas do que nas regiões da cárdia e do fundo do estômago, onde se abrem as glândulas tubulosas simples ou ramificadas que secretam principalmente muco.


INTESTINO DELGADO


O intestino delgado, com 7 m de comprimento, é a região mais longa do trato alimentar.

É dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo.

É o principal local de absorção dos produtos da digestão do trato gastrointestinal. Para exercer tal função, alguns fatores combinam-se para proporcionar uma enorme área de superfície:


Vilosidades: A mucosa é constituída de expansões digitiformes denominadas vilosidades (ou vilos).

Estruturalmente, as vilosidades possuem um eixo de tecido conjuntivo frouxo formado pela lâmina própria, capilares sanguíneos, quilífero central (capilar linfático que transporta quilomícrons), uma pequena quantidade de fibras musculares lisas, além de abundantes células linfoides.


Microvilosidades: As células cilíndricas que revestem as vilosidades e constituem a maior parte do epitélio prismático simples apresentam microvilosidades na sua superfície apical (planura ou borda estriada). Essas células são denominadas enterócitos. . Observa-se ainda células caliciformes, células SNDE e células M.


Válvulas de Kerckring: A mucosa e a submucosa apresentam pregas circulares, também denominadas válvulas de Kerckring, que são particularmente numerosas no jejuno.


A mucosa do intestino delgado é composta pelas três camadas usuais: um epitélio simples cilíndrico, a lâmina própria e a muscular da mucosa, e contém glândulas em toda a sua extensão.

As glândulas intestinais ou criptas de Lieberkühn são glândulas tubulosas simples, que se estendem por toda espessura da mucosa e abrem-se para a luz intestinal na base dos vilos.

A lâmina própria contém folículos linfóides isolados e na porção mais distal (íleo) há agregados de folículos, denominados placas de Peyer.

A muscular da mucosa apresenta o padrão básico do tubo digestório.

A submucosa é constituída por tecido conjuntivo frouxo que, no duodeno, apresenta as glândulas de Brünner ou duodenais.

A camada muscular externa possui as camadas circular interna e longitudinal externa (músculo liso).

A camada serosa não apresenta características especiais.


DUODENO 40 X

Segmento mais curto do intestino delgado.

Recebe bile do fígado e sucos digestivos do pâncreas através do ducto biliar comum e do ducto pancreático, respectivamente.

Apresenta vilosidades largas, altas e numerosas por unidade de área.

Tem menos células caliciformes por unidade de área do que os outros segmentos.

Apresenta as 4 camadas típicas do tubo digestório (mucosa (1), submucosa (2), muscular externa (3) e serosa (4), sendo que a camada submucosa abriga glândulas de Brunner (seta).





VILOSIDADES INTESTINAIS

Estruturalmente, as vilosidades possuem um eixo de tecido conjuntivo frouxo formado pela lâmina própria, capilares sanguíneos, quilífero central (capilar linfático que transporta quilomícrons (seta)), uma pequena quantidade de fibras musculares lisas, além de abundantes células linfoides.




Observa-se na imagem a presença das glândulas de Lieberkühn (setas). Estas glândulas se estendem da base das vilosidades até a superfície da camada muscular da mucosa.





JEJUNO

O epitélio que reveste o intestino é cilíndrico simples, sendo as células absortivas superficiais (ou enterócitos), as mais numerosas do epitélio. Os enterócitos são células altas, com núcleos ovais localizados na porção basal e uma borda estriada na região apical.

Observa-se ainda células caliciformes e células SNDE.


Nessa imagem é possível observar o epitélio prismático simples.

A seta posiciona-se sobre uma célula caliciforme, que é responsável pela produção e secreção do muco que reveste e protege o epitélio intestinal, constituído por glicoproteínas e proteoglicanos (proteínas ligadas carboidratos complexos).




A seta aponta uma das pregas circulares ou válvulas coniventes (válvulas de Kerckring), recobertas por vilosidades e com um eixo de tecido conjuntivo frouxo (submucosa).




O jejuno apresenta vilosidades mais estreitas, curtas e esparsas do que as do duodeno.

O número de células caliciformes por unidade de área é maior no jejuno do que no duodeno

Na ponta da seta é possível observar a camada serosa, que desempenha um papel essencial na proteção, lubrificação, fixação e suporte do órgão, contribuindo para o seu funcionamento adequado no sistema digestivo.

Abaixo da camada serosa observa-se a camada muscular externa, onde é possível visualizar a organização de uma camada circular interna (CI) e uma camada longitudinal externa (LE) de musculo liso.





Nesta imagem pode-se observar uma célula de paneth, encontrada no intestino delgado.

Essas células estão relacionadas diretamente com a produção de peptídeos antimicrobianos, manutenção das criptas intestinais e desempenham um papel essencial na manutenção da homeostase intestinal, ajudando a proteger o corpo contra patógenos e desempenhando funções importantes na regulação da microbiota e da função imunológica do intestino delgado.

Disfunções nas células de Paneth podem estar associadas a distúrbios gastrointestinais e inflamatórios.







ÍLEO

O íleo apresenta vilosidades mais esparsas, mais curtas e mais estreitas das três regiões do intestino delgado (seta).

A lâmina própria do íleo abriga agrupamentos permanentes de nódulos linfoides, conhecidos como placas de Peyer (asteriscos).

Essas estruturas estão localizadas na parede do íleo oposta à região de fixação do mesentério.

Na região das placas de Peyer, as vilosidades têm altura menor e podem até estar ausentes.





Nessa imagem é possível observar a abundância de células caliciformes entre as células de revestimento que constituem o epitélio prismático simples que reveste o intestino.





INTESTINO GROSSO

O intestino grosso mede aproximadamente 1,5 m de comprimento e apresenta várias regiões distintas: ceco, colo (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus.

O colo representa quase todo o comprimento do intestino grosso.

Apresenta uma mucosa formada por um epitélio prismático simples, apresentando principalmente células absortivas e células caliciformes.

Na imagem observa-se a mucosa (M), a camada submucosa (S), e a camada muscular externa (ME).




Observa-se a presença de células caliciformes secretoras de muco (seta), abundantes na mucosa do intestino grosso.



FÍGADO

O fígado é a maior glândula do corpo. Localiza-se no quadrante superior direito da cavidade abdominal, abaixo do diafragma e levemente no quadrante superior esquerdo. Está subdividido em quatro lobos – direito, esquerdo, quadrado e caudado – sendo que os dois primeiros constituem sua maior parte.

Em cortes histológicos, é visto como um órgão bastante homogêneo.

Possui uma capsula de tecido conjuntivo, denominada Cápsula de Glisson, e é constituído por um grande número de unidades funcionais chamadas lóbulos hepáticos, que têm forma hexagonal, com uma estrutura venosa central, a veia central ou centro-lobular.

A maior parte de seu parênquima é formado por células denominadas hepatócitos, responsáveis por quase todas funções exócrinas e endócrinas exercidas pelo órgão.

Os hepatócitos são células com núcleos esféricos de cromatina frouxa (descondensada) e nucléolos frequentemente visíveis, que se organizam em cordões ou placas irregulares, e constituem o parênquima do lóbulo.

Essas lâminas de hepatócitos são separadas por capilares sinusóides que desembocam nas veias centro-lobulares.

Os lóbulos hepáticos são limitados por septos de tecido conjuntivo, e nos vértices formados por lóbulos vizinhos, se localizam os espaços porta.

Cada espaço porta contém ramos da veia porta e da artéria hepática, ducto biliar, vasos linfáticos e nervos.

A parede da veia é tipicamente delgada e a artéria que a acompanha tem tamanho menor e parede mais espessa.

Os ductos biliares são constituídos por um epitélio cúbico ou cilíndrico simples, dependendo do seu tamanho e têm a mesma aparência geral dos ductos da maioria das glândulas exócrinas.


HEPATÓCITO

Os hepatócitos, os espaços porta e a veia centro-lobular constituem um lóbulo hepático.

Nos lóbulos hepáticos classicos a veia centro-lobular se situa no centro de cada lóbulo e os espaços porta na sua periferia.





Na imagem observa-se o espaço porta, constituído por um conjunto de vasos sanguíneos e duto biliar. Usualmente os componentes do espaço são:





-um ramo da veia porta

-um ramo da artéria hepática

- vaso linfático

-um ou mais dutos biliares











Na imagem observa-se cordões de hepatócitos. Os hepatócitos são responsáveis pela formação da secreção exócrina do fígado, a bile, bem como seus numerosos produtos endócrinos. Além disso, também são capazes de converter substâncias nocivas em materiais não tóxicos que são excretados na bile.






Na imagem abaixo, pode-se observar uma veia centro-lobular (seta), cercada por espaços porta.

Os hepatócitos, os espaços porta e a veia centro-lobular constituem um lóbulo hepático. Nos lóbulos hepáticos clássicos a veia centro-lobular se situa no centro de cada lóbulo e os espaços porta na sua periferia.






Fígado 400X

Nesta imagem, observa-se uma veia centro-lobular. Nos lóbulos hepático clássicos a veia centro-lobular se situa no centro de cada lóbulo e os espaços porta na sua periferia. A parede da veia é tipicamente delgada.



Fígado 40X

Nesta imagem, observa-se várias veias centro-lobulares, cercadas por espaços porta. Os hepatócitos, os espaços porta e a veia centro-lobular constituem um lóbulo hepático. Nos lóbulos hepáticos clássicos a veia centro-lobular se situa no centro de cada lóbulo e os espaços porta na sua periferia.


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